Com o avanço da ciência e da tecnologia, a humanidade teria que trabalhar muito menos para produzir aquilo que precisa. A alimentação necessária, etc, etc, etc. E aí que o “x” está em especular um pouco sobre quando tudo estiver sendo produzido – inclusive por robôs, de forma bastante imaginativa com tecnologia de ponta – o ser humano precisará trabalhar menos e aí que entra algo que é o sistema. Porque a gente pode ser mais produtivo, produzir tudo que o ser humano precisa, mas tudo isso está na mão de algumas poucas pessoas que vão crescendo, vão botando pilha em cima de pilha de resultados.
Mas aí tem um pouco da doença do sistema porque, se encarado dessa forma, algumas empresas maiores, que vão investir mais em tecnologia, tenderão a fazer menos e ganhar mais. Então vocês imaginam o que está acontecendo com os recursos à disposição na sociedade que começam se concentrar cada vez mais em quem investe pioneramente, por exemplo, em tecnologia. É aí que entra alguma coisa que é a reflexão nossa sobre o sistema. Porque se a gente pensa no geral, no macro do macro, dizendo que as máquinas vão libertar o ser humano, esse benefício tem que vir pra todos. No momento em que a humanidade precisar trabalhar pouco pra produzir tudo que precisa, aí nós vamos ter seres humanos servindo seres humanos, que é a era de serviços, que nós estamos dizendo que está chegando está chegando…. e que pessoas, com tempo, estarão mais disponíveis a ajudar seus semelhantes. E talvez é nessa direção que nós vamos alcançar algo muito além do mundo que nós vivemos. É como se, finalmente a gente conseguisse viabilizar dessa forma, essa noção de paraíso na terra.
Então vocês vejam que, quando os seres humanos estiverem sobrevivendo bem, vivendo bem, trabalhando pouco, vai ter muito tempo de qualidade que poderá dedicar-se a servir outros e há muitas formas de fazer isso. Por exemplo, eu posso com o tempo que eu tenho, produzir filmes que sejam presentes para o espírito humano. Ou posso fazer o que eu quiser na verdade, posso me doar, doar o meu tempo pra cuidar dos idosos ou cuidar das crianças, criar coisas nessa direção e fazer as pessoas mais felizes e mais bem cuidadas. Então essa é uma forma de enxergar o processo todo, mas tudo isso requer algo que nós precisamos trabalhar muito, que é essa questão de desigualdade, que ainda é grande no mundo.
Então se o sistema compartilha os ganhos, nós estamos falando de um sistema saudável que vai fazer com que a gente chegue a essa visão de paraíso na terra, que os seres humanos em geral precisarão trabalhar muito pouco para ter o mínimo ou o desejável para viver e a partir daí nós vamos ver esse fenômeno de servir aos semelhantes. É aí que nós temos altíssima probabilidade de fazer com que nós alcancemos patamares de felicidade e bem estar, que são inéditas – especialmente se a gente pensar na questão da desigualdade. Mais pessoas, aliás, mais pessoas não, TODOS felizes sem exceção, sem exclusão. E se isso é o grande objetivo de tudo que a gente faz, como sendo parte do nosso propósito, aí as coisas vão tender a caminhar na direção que talvez seja mais saudável e possível: Seres humanos servindo seres humanos e com o objetivo de assegurar que a população inteira esteja absolutamente feliz, vivendo neste planeta.