Qual o papel das empresas nesse processo de reconstrução do ser humano?
Na verdade é uma reconstrução ou uma volta à essência, uma forma um pouco diferente de falar de reconstrução, mas é o momento em que nós estamos vendo que muitas coisas ao nosso redor foram se fragmentando, foram declinando. Passamos a ter uma alta dose de egoísmo, inclusive egoísmo coletivo. É mais ou menos assim: “Meu país que importa e o resto que se dane.” E, de repente, a crise e a pandemia estão mostrando que a solidariedade humana é algo essencial para a sustentabilidade da vida no planeta. Então, enquanto não estivermos conscientes disso, nós vamos estaremos fazendo essas coisas desagregadoras que fazem com que – longe de chegar ao ideal – nós estamos gerando declínio da própria civilização. Então, a própria crise e a pandemia estão revelando que a solidariedade humana é algo essencial, sempre foi essencial e que a gente foi perdendo com o tempo.
Eu diria que estamos num período de volta à essência e parece que isso tem que estar presente em todas as organizações de todo tipo, na sociedade civil, em governos, nas empresas e também nas relações pessoais – inclusive dentro da família – para começarmos a exercitar um outro tipo de valor que sempre foi super importante na evolução da humanidade e que a gente foi perdendo na busca de outros objetivos. Isto para mim é uma caracterização de conflito de interesses. É de grande interesse de todos que a humanidade evolua como uma grande unidade, uma grande família e, no entanto, parece que existem tantos interesses mais egóicos e egoístas e individualistas que se chocam com esses objetivos.
Para mim está muito bem caracterizado como uma situação de conflito de interesse. Na busca desse objetivo maior de evolução do planeta como um todo, de todos os seres vivos, teremos que ter essa busca muito focada e essa busca deve transcender todos esses outros interesses que sejam mais individualistas e egoístas e inclusive na forma de egoísmos coletivos. “Minha organização que importa, minha família que importa, minha cidade, meu país etc.”
Parece que estamos num momento em que nós vamos ter que resgatar valores, resgatar a ética e resgatar aquilo que é mais essencial no ser humano e tudo isso vai fazer com que as organizações precisem evoluir de um jeito completamente diferente do ritmo e dos caminhos anteriores. É como se todo esse objetivo maior global nós tenhamos que ter um fractal dentro de cada unidade organizacional seja um Departamento, seja uma Organização, seja uma Cidade, uma Prefeitura, um Estado, um País.
É uma jornada que vai exigir muita consistência em tudo que fazemos a partir de agora.
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