Consciência do Propósito
O que eu posso fazer pelo mundo no momento atual?

Não é fácil ter consciência do propósito. É um processo de busca, de compreender-se e até olhar nossas competências. Temos que olhar tudo que vivemos e pensar:  “Quais são essas qualidades todas que eu fui desenvolvendo?” E a pergunta que sempre deveria estar “quicando” na mesa não importa a nossa idade ou nosso estágio de vida é assim: “Tudo isso que eu sei fazer, todo esse know-how e todo esse conjunto de competências pode ser útil para quê?; O que eu posso fazer com as competências que eu tenho e o know-how que eu tenho?” Eu gosto sempre dessa pergunta: “Para quê?” E de vez em quando eu penso nisso: “Eu fui treinado até agora. Tudo isso que eu vivi foi treino. Mas estou sendo treinado para quê?”. Existem muitas oportunidades de se fazer isso. Por exemplo, vai lá ver a comunidade em que você vive. E às vezes esse negócio de comunidade em que eu vivo pode ser interpretado como “o condomínio onde moro”, mas se ao lado tem uma favela… A favela é desligada da comunidade em que vivo ou faz parte dela? E de repente quando a gente começa a olhar a comunidade como um todo, nessa diversidade que existe, é impressionante como só esse contato parece que desperta algo em nós e nos faz perceber a necessidade que podem existir nas comunidades e que, eventualmente eu tenho condições de atender. E aí que, de repente, parece que o universo se abre e eu começo a me ver competente de um outro jeito que é diferente do lado profissional. Eu acho que eu tenho condições de ajudar essa comunidade, organizando isso e aquilo. E a ideia não é simplesmente olhar o mundo e dizer: “O que eu posso fazer pelo mundo?” Mas no momento que a gente vai expandindo, naturalmente parece que entramos em algo que vai se ampliando e as coisas por trás vão chegando. Parece que o fractal de você trabalhar para o bem comum, trabalhar para a comunidade e transcendendo a si mesmo – não é algo egoísta, é altruísmo – eu posso fazer altruísmo num pequeno universo mas isso já vai criando uma coisa de forma energética e de repente parece que eu estou mandando uma mensagem para o mundo que agora eu estou num nível de consciência mais elevado. Estou já indo na direção de atender as necessidades que existem na comunidade. E, de repente, a comunidade vai se expandindo e sem eu ter muita preocupação eu posso estar fazendo alguma coisa que começa a fazer diferença para o mundo. Eu acho que tem um processo de evolução do próprio propósito de forma natural e talvez, fazendo assim, parece que a gente fica menos “pré-ocupado”, menos estressado, menos tenso e simplesmente ficamos aberto para algo e os espaços são preenchidos naturalmente.

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