A equação impossível só consegue ser resolvida através de criatividade radical. Criatividade e inovações radicais. Num momento em que nós estamos presos no nosso ego e buscamos somente vantagens pessoais, seria como se a nossa própria criatividade ficasse embotada. Porque tudo aquilo que temos acesso através da nossa intuição fica embotada num certo sentido. Na medida em que nós abrimos o nosso jeito de ser para algo mais solidário e estamos buscando algo que é melhor para todos, é impressionante como a nossa própria intuição se enriquece e de repente, o caminho para se criar inovações radicais fica escancarado à nossa frente. Quando a gente envolve a turma toda e coloca a equação na mesa e está estimulando essa criatividade, é impressionante como as ideias aparecem. Estamos numa era em que precisamos criar coisas inéditas. Nós estamos começando a ficar viciados em melhores práticas e em olhar aquilo que funciona nos outros. E de repente nós embotamos a nossa criatividade e a nossa capacidade de criar coisas inéditas que não estão em lugar nenhum. Se a gente se solta para isso, viramos benchmark para outras organizações e outras pessoas. É interessante a palavra reinvenção. Ela precisa entrar no vocabulário de todos. Não podemos ter medo disso. Muitas vezes quando nós falamos de inovações radicais ou reinvenções, as pessoas tem uma certa rejeição e os anticorpos todos aparecem. Elas dizem: “Na verdade, nós queremos uma evolução. Pode ser uma evolução aguda mas não queremos romper com nada.” Uma reinvenção não necessariamente rompe com nada. Pode romper com modelos mentais superados. Isso sim. E esse é um momento que nós vamos precisar muito claramente romper com modelos mentais e paradigmas do passado. Paradigmas que funcionaram lá atrás? Talvez. Ou nunca funcionaram bem. Mas a gente vai precisar entrar no futuro a partir daí.