Os pais desempenham um papel extremamente importante. Quando os pais não são diretivos. É muito fácil dizer: “Meu filho é isso aqui…” A criança tem uma pergunta e você dá de mão beijada a resposta. Fica pobre a relação. A relação pode ficar muito rica quando você estimula a criança com perguntas do tipo: “O que você acha, meu filho?” É um diálogo socrático em que o pai não dá uma resposta mas faz um monte de perguntas que fazem a criança pensar e fazem a criança criar alternativas. E o pai pode só dizer: “Nossa, mas você criou alternativas muito interessantes” Assim, ele está motivando, elogiando o fato da criança ter pensado mais profundamente sobre a própria questão que trouxe ao pai e ainda está criando coisas. Porque sempre que eu falo sobre o pai interessado na evolução da criança – que ao invés de dar uma resposta fácil, faz a criança pensar – eu vejo pais desinteressados na evolução dos filhos. É por isso que eles dão respostas de mão beijada para poderem fazer o que querem fazer: jogar bilhar, fazer alguma outra coisa ou tomar um chopp com os amigos. E aí descarta logo e dá uma resposta rápida pra poder fazer o que querem. Então ao mesmo tempo que você vê pais super interessados, há pais super desinteressados na própria evolução dos filhos.
Então se isso ocorre desde criança, de repente você tem na sociedade e na empresa pessoas que estão o tempo todo fazendo perguntas para si, fazendo perguntas para outros e indo atrás das próprias respostas e criando o inédito. São essas pessoas que nós precisamos muito. Quando a gente tem esse nível de consciência e olha a equação de um jeito mais amplo é impressionante como aparecem oportunidades impressionantes e de a gente dizer: “Eu acho que eu vou começar a investir tempo para evoluir nessa direção para poder ajudar a resolver essas equações.”