Inadvertidamente quando o jovem vai trabalhar em uma empresa parece que acaba reduzindo-se a essa consciência para as coisas mais objetivas. Então num certo sentido a gente pode dizer até que a cultura vigente na organização – e os programas de desenvolvimento inclusive – podem estar todas indo em direção de algo muito físico. Nós temos que pensar em resultados e nessa de educar as pessoas e fazer com que as pessoas concentrem grande parte do seu tempo nessas dimensões, as outras áreas ficam descuidadas. Na verdade, nós estamos falando de organizações conscientes para exatamente fazer com que as organizações. dentro das quais nós passamos muito tempo. seja um lugar onde nós consigamos desenvolver todas as nossas dimensões de consciência. E quando a gente começa a falar: “Como é que eu elevo meu nível de consciência?” A partir de conversas significativas. É esse diálogo, essa qualidade de diálogo, a profundidade dos diálogos, a amplitude dos diálogos é uma forma de fazer com que as pessoas elevem o seu nível de consciência. Isso inclui todo mundo e é impressionante. Às vezes a gente pode ter uma pessoa que está numa posição intermediária ou até na base da organização e que tem um nível de consciência mais elevado que a liderança, uma liderança muito prática ou excessivamente prática que só pensa em resultados concretos, metas, indicadores e está pensando em bottom line etc., e que não tem tempo para parar de pensar sobre a vida.
A gente tem uma outra faceta na elevação de consciência, essa consciência de que nós fazemos parte de um universo bem maior. E poucas pessoas fazem isso. Algumas até fazem já pensando em negócios, viagens interplanetárias e tal, mas acho que nós vamos ter que ampliar e elevar nossa consciência para até honrar a possibilidade de outros seres sencientes de outros planetas, de outras partes do universo e a partir daí sermos extremamente digamos, humildes, ao encarar nosso próprio dia a dia e nossa vida. Sempre me vem aquela imagem do Michio Kaku, um cientista do City Universal New York, uma pessoas que estuda a questão da cosmologia e é um cientista e que fala de como ele começou a se interessar por outras dimensões. E quando ele era pequeno ele foi ver um logo, na verdade era um laguinho bastante artificial, bastante raso em que as carpas estavam lá nadando. E aí que ele imaginou que talvez para aquela carpa, que vive num mundo de duas dimensões, pode ir para esquerda, para direita e tal mas, que as carpas não teriam a menor idéia de que existiria um mundo fora do laguinho , em três dimensões e não teria ideia até do ser humano que a está observando. Então, tem alguma coisa aqui que mexeu com ele, quando ele começou a pensar: “Como é esse negócio das três dimensões e como é que seria se a gente transcendesse isso? Talvez a gente enxergasse outras coisas?” E aqui um exemplo bastante interessante nesse sentido é: se uma esfera, talvez um asteróide tiver vindo na direção da terra e a gente só enxergasse as coisas em duas dimensões, enxergaríamos um ponto, círculo, círculo, círculo, círculo e não enxergaria a esfera. Agora, por outro lado a gente enxerga em três dimensões e enxerga a esfera, mas será que existem outras dimensões das quais nem temos conhecimento? Essa é uma pergunta intrigante né, que nos deixa muito humildes quando a gente fala assim, nós todos estamos num nível de consciência mais elevado, talvez não, talvez a gente descubra outras dimensões que vão fazer todos nós revermos as nossas premissas sobre a vida e sobre o que nós estamos fazendo aqui nesse planeta.