Neste podcast, Oscar Motomura fala sobre os insights que podem surgir a partir de um estado de absoluta presença naquilo que estamos fazendo. E como aproveitar esse potencial, contido em cada momento de nossas vidas, para inspirar ideias transformadoras.
A gente tem o tempo. Agora, se não estamos presentes naquele momento, a cada momento, estamos usando o tempo mal. Por princípio.
Há pessoas que estão absolutamente presentes em tudo. Ao estarmos absolutamente presentes naquilo que estamos fazendo – e também conectados com a vida e as suas prioridades – parece que estaremos sempre aproveitando muito bem o nosso tempo em qualquer coisa que estejamos fazendo. Posso estar até nas redes sociais, vendo o que está acontecendo por lá, o que me faz abstrair coisas extremamente interessantes, criativas e inovadoras para o meu trabalho. Se exercitamos isso ao extremo o tempo todo, tudo na vida estará trazendo coisas úteis e relevantes para as nossas atividades principais.
Esse é um ponto de vista interessante e eu colocaria mais uma sutileza no processo: é como se, ao estarmos ligados ao nosso propósito maior na vida, ela nos traz coisas que aparentemente não tem nada a ver, mas que talvez estejam lá para nos inspirar a dar alguns passos na direção de uma inovação na nossa atividade principal. Então parece uma coisa que está me interrompendo e, no entanto, pode ser uma interrupção que pode gerar um insight que eu jamais teria se a interrupção não acontecesse.
Aqui eu queria trazer esse outro ponto de vista que está ligado a duas outras coisas. Uma é você estar inteiro, sempre conectado com o seu propósito maior. A outra coisa é a capacidade de abstração para extrair de qualquer coisa que apareça, algo útil para aquilo que parece ser o nosso objetivo principal.
Há muitas sutilezas no processo e o debate sobre este tema, com esse tipo de sutileza, pode ser um assunto extremamente interessante para o time evoluir. E para cada um de nós também. O benefício dessas conversas pode ser extraordinário. Além disso, estaremos desenvolvendo nossa própria capacidade de fazer abstrações a partir de algo que parece não ter nada a ver. E extrair algo muito útil para nossa própria vida.