Nós todos vamos ter que ajudar o todo a evoluir porque a gente não consegue sucesso num contexto que está declinante. Eu não sei se dá pra considerar um líder aquele líder que está fechadinho em si, busca somente o melhor pra si, indicadores só para si, só pensa em poucos “stakeholders”, especialmente só o acionista e acha que está fazendo um bom trabalho. Parece que nós estamos dizendo: “Pessoal, isso já era.”  Então isso é meio óbvio, parece o óbvio do óbvio. Agora, esse óbvio do óbvio tem que entrar no debate todos os dias porque todos os dias nós vamos ter líderes para valer pensando em alguma coisa pra fazer o seu setor se juntar e conversar e poder trabalhar para o todo… vai pensar em como ajudar o governo partir dos órgãos de representação, não só no Congresso mas também nas federações, nas confederações, etc.

Então parece que todo mundo desperta para as oportunidades que tem de contribuição. Aí estarão se tornando líderes pra valer. Nós estamos sempre entre as 10 maiores economias do mundo mas, por outro lado, se a gente olha o IDH, o índice de desigualdade, não somos o centésimo. Tem algum paradoxo aí.

O que um líder faria no dia a dia? Especialmente de pensar em coisas que não são as ideias tradicionais – porque as ideias tradicionais não estão conseguindo romper as barreiras ou romper mais e mais obstáculos que parece que vão aparecendo todos os dias.  E, por outro lado, existem também oportunidades e tecnologias que estão vindo pra ajudar. Agora se eu não estiver consciente dessas mudanças todas, parece que a margem de contribuição, ou seja, as oportunidades para contribuir para a evolução da sociedade, do todo e da própria organização vão se perdendo.  Nós estamos trazendo isso à nossa consciência e podemos parar para pensar sobre isso e dizer: “Tem alguma coisa que não está certo.”