Nós estamos vendo todas essas polarizações, esses conflitos que paralisam o país então parece que nós estamos passando um atestado de incompetência de dialogar. Dialogar é uma coisa tão nobre do ser humano mas precisamos resgatar essa essa competência geral no país e nós devemos ser todos reeducados na direção de uma harmonia maior e não de conflitos, ou não de competição exacerbada, não de competição predatória. E aí que esses valores que estão dentro dessa cultura mais cooperativa, em busca de harmonia com todos sem exclusão. Nunca ter essa ideia de que: “esses são os meus inimigos…”  Se a gente consegue erradicar esse tipo de coisa da nossa cultura e da sociedade é impressionante como a gente sempre vai achar formas de se ajudar mutuamente.

A capacidade de fazer abstrações deveria nos levar para imaginar um país todo em mutirão. Um mutirão tem que ter um sentido, tem que ter uma direção e aí na medida em que essa direção esteja clara é impressionante a força que nós podemos desencadear a partir desses verdadeiros mutirões de um país unido, harmônico, na busca desses objetivos maiores.

A gente considera o mutirão hoje como um gabarito para soluções radicais ou radicalmente eficazes para equações impossíveis. Onde todo mundo está dizendo que não dá, parece que a mensagem é muito simples: “Sozinho não dá mesmo. Fragmentadamente não vai dar, não.” Agora, juntos num mutirão a gente vai viabilizar milagres e essas equações impossíveis, vão caindo uma a uma, e eu acho que essa é uma visão também, que a gente pode deixar na mesa, pra gente ir refletindo.