A gente poderia pensar na sociedade que olha tudo isso como expectador mas estamos dizendo de sair dessa posição de expectador e ir para a de protagonista. Agora, ao virar protagonista você pode ajudar, pode sugerir, pode indicar pessoas ou pode fazer uma série de coisas ainda dentro do incremental. Por outro lado precisamos da participação política das instituições que já existem porque, na medida em que essas instituições que deveriam estar servindo a sociedade e entrando no debate político com bastante força – e têm força – estão preocupados com questões internas: de quem está no poder ou quem é que vai ser eleito, vocês imaginem como isso enfraquece tremendamente essas instituições. Por outro lado nós estamos também vendo a relevância das pessoas em criarem como se fosse um governo paralelo, e essa expressão gera um bocado de defensividade. Se olharmos as questões que existem no país, como é que a gente consegue diretamente atuar nessas questões como se fossemos alguma organização paralela que vai cuidar do que as instituições formais não conseguem. Aqui tem um bocado de ousadia, né? E é bastante ousado conseguirmos equacionar o problema, mantê-lo dentro de certos limites e começar a resolver.
E é aí que entra a nossa criatividade, a nossa competência empreendedora para ser alocada para uma outra direção. Líderes conscientes dessas questões todas que nós temos ao nosso redor. A outra é, líderes que não tem consciência do agregado de problemas e equações que nós temos a resolver. Por outro lado, a mesma coisa com relação a: líderes que estão conscientes das possibilidades de solução e de quem é que pode ajudar nesse processo.
E há talvez pessoas que tenham consciência de alternativas em número muito limitado de possibilidades para solução. Então, quando a gente começa a falar de líderes conscientes essa amplitude dos dois lados, né? Amplitude no sentido de: você enxergar todo o conjunto de problemas crônicos que este país tem, estar consciente das causas-raiz dessas coisas crônicas, mas também estar conscientes dos recursos impressionantes que nós temos no país que podem ser mobilizados na direção da solução dessas doenças crônicas, transportando nós todos para as coisas extraordinárias que nós temos – inclusive pessoas extraordinárias – já que começamos a falar de pessoas – que estão fazendo coisas e que são invisíveis e parece que chegou a hora dessas pessoas invisíveis se tornarem visíveis, mas também nós que estamos vendo essas pessoas trabalharmos para tornar essas pessoas mais visíveis e, eventualmente fazê-las com que venham a ocupar essas posições de poder e posições relevantes no país.
