Nem sempre as coisas são totalmente abafantes, nem todo sistema abarca todos os espaços. Sempre há espaços vazios. Então eu posso ter metas e vou trabalhar em função destas metas, vou fazer aquilo que é necessário mas vou também reservar um tempo para pensar com a minha cabeça. Vou reservar um tempo para fazer aquilo que eu acho relevante fazer e ser um excepcional protagonista nesses momentos e ainda ocupar espaços vazios que o sistema instalado não conseguiu ocupar. E por outro lado, você tem ainda espaços informais que as pessoas estratégicas ocupam com enorme maestria. A hierarquia está lá, está me abafando mas nada impede que eu vá almoçar com um amigo da outra área ou vá almoçar com uma pessoa interessante e vamos ocupando espaços e, de repente nós, por nossa ação protagonista, lançamos algo que de forma viral se espalha e muda a empresa inteira. Uma coisa são as metas que parece que nos levam a concentrar a atenção e a ação numa direção que não é necessariamente o que eu gostaria de fazer ou daquilo que eu acho que a empresa precisa. Então eu acho que a gente vê muito isso acontecer e se esses desvios estão acontecendo cabe a nós fazer um gerenciamento. Isso é ser estratégico. Por outro lado, outra variável desta questão pode ser a falta de recursos. E vocês já me ouviram falar que a coisa que mais substitui a falta de recursos é a criatividade, a engenhosidade. Na medida em que nós não ficamos intimidados pela falta de recursos e a gente começa a pensar: “Como é que a gente faz isso não obstante termos zero recursos?” E é aí que a gente encara estas limitações, coloca a equação certa na mesa. Equação certa é: “Como posso fazer tudo isso sem dinheiro?” e repente a criatividade vem e a gente começa a criar soluções extraordinárias para esta equação. Equação do sem dinheiro. Porque de repente acontece uma coisa muito estranha, a gente bola uma série de soluções e depois diz que não dá pra executar porque não tem dinheiro. A equação foi resolvida de forma errada e parece que a gente fica imobilizado de novo. Num certo sentido, se a gente começa a encarar esta filosofia das equações impossíveis , tudo dá. Tudo dá. E se a gente olha a História, tudo deu. Muita coisa deu. E tem lições fantásticas aí para todos nós. Então, na medida em que a gente saia dessa premissa, de que todo problema tem uma solução, ou tem várias soluções eu acho que a gente sai dessas limitações que muitas vezes a gente cria artificialmente na nossa cabeça.
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