Estão falando de reinvenção de liderança. Que tal falar também de reinvenção da nossa carreira? Muitas vezes, no nosso modelo mental, temos uma visão do que é evoluir na organização e pode ser que essa visão da escadinha que imaginamos esteja totalmente superada. Muitas vezes ficamos escravos dessa escadinha e estamos dizendo: quando é que eu vou galgar a próxima escadinha? A casa está pegando fogo aqui.

Nós temos que esquecer um pouco esses caminhos tradicionais que alguém inventou lá atrás e que ainda achamos que funciona hoje, mas olhando ao nosso redor, talvez as coisas não funcionem desse jeito. Nós todos vamos nos desenvolvendo em ritmos diferentes, as necessidades estão surgindo, os desafios estão à nossa frente, e a pergunta mais importante que talvez nós temos que fazer a nós mesmos não tem nada a ver com carreira, é: como é que eu posso ajudar a organização nesse momento que nós estamos vivendo? E até que ponto toda a experiência que eu tenho, toda a “carreira” que eu fiz até hoje me deixa com um conjunto de qualificações, competências, habilidades, atitudes, modelo mental, que me faz ser útil.

É aí que nós temos que buscar as necessidades e desafios que nós temos ao nosso redor e dizer “nesse ponto eu posso ajudar muito”, e ir à direção daquilo que é necessário. Sem se preocupar se isso vai me dar mais pontos para a minha próxima promoção.

É nesse aspecto que nós vamos reinventar as carreiras que não estão mais orientadas por critérios totalmente artificias, mas uma evolução nossa a cada dia na direção das necessidades e desafios que a organização tem e que o país tem. Tudo muda quando a gente faz isso. Então, mais do que falar de carreiras, talvez a pergunta mais importante que devemos fazer é: em quê posso ser mais útil?