Essa ideia de como é que a gente muda a cultura do país de forma persistente para que a gente entre muito mais numa colaboração irrestrita entre todos os segmentos da sociedade e também que a gente tenha um enorme mutirão unindo esforços na solução até de equações impossíveis, ou seja, equações que a gente nunca conseguiu resolver até hoje. Essa questão de harmonização de tal forma que nós tenhamos um país realmente unido. Como se fosse um grande todo em que todos cooperem com todos e todos estão se ajudando mutuamente é quase um sonho. Mas é uma visão que um líder consciente, um líder com uma postura estadista vai estar pensando o tempo todo: “Como é que a gente une o Brasil todo?” E a união depende muito por exemplo das pessoas, do que elas pensam, dos seus modelos mentais e como é que elas se dialogam no dia a dia. Talvez nesse processo de transformação do país na direção de uma de um país mais harmonioso e harmônico nós devamos ter um processo de educação básica.
Num certo sentido, para que essa harmonia aconteça, nós vamos precisar promover uma imensa mudança cultural no país. Todos os veículos de comunicação vão poder ajudar nesse esforço? Sim. Cobrando? Não. Na medida em que também toda a mídia e todos os veículos de comunicação estejam também interessados com que essa harmonia aconteça – porque isso é super ganha-ganha-ganha para todos – então eles deveriam também participar do processo de comunicação usando tudo que existe para que a gente consiga incentivar as pessoas a se aproximarem mais das pessoas, dos seus próprios colegas e na busca dessa harmonia, que vai depender das pessoas. Então seriam os veículos de comunicação ajudando, incentivando, empurrando as pessoas e trazendo o valor da harmonia como sendo algo muito mais importante do que eu ganho individual egoístico pessoal. Isso, através da comunicação, dá para reforçar por outro lado precisamos também assegurar que processo educacional refine o que processo de comunicação está trazendo. Comunicação somente dá um empurrão. Mas é fundamental que todos nós estejamos nos educando para uma postura mais cooperativa coolaborativa. de ajuda mútua neste país. Isso vai atingir todo mundo. A ideia é atingir todo mundo porque toda vez que a gente fala de educação p mais uma vez as pessoas falam de crianças – não estamos só falando disso. Nós temos que temos que educar ou reeducar adultos que inclusive que estão em posição de poder.
Esse processo educacional pode contar com a colaboração de muitas pessoas que são profissionais dessa área mas que precisem ser sensibilizadas até pelo processo de comunicação de que nós devemos todos ser reeducados na direção de uma harmonia maior e não de conflitos ou não de competição exacerbada, não de competição predatória e esse é um esforço grande. Mas observe mais uma vez: comunicação intensa nessa direção incentivando as pessoas a se cooperarem; educação que traga esses valores para dentro das pessoas e vire algo natural nas pessoas e a prática, prática, prática inclusive nas pequenas coisas. Esses são os valores que estão dentro dessa cultura mais cooperativa, de busca de harmonia com todos sem exclusão, de nunca ter esse pensamento de “meus inimigos”.
Se a gente consegue erradicar esse tipo de coisa na nossa cultura e da sociedade é impressionante como a gente sempre vai achar formas de se ajudar mutuamente. E também, nesse processo de busca de harmonia, é que a cultura a ser instalada também libere as pessoas para irem buscar ajuda. Pedir ajuda. Em algumas sociedades parece que pedir ajuda é um sinal de fraqueza. Esse é um tema que já trabalhamos muito em certas organizações para que a cooperação seja otimizada. Quem está afim de ajudar e está vendo que a pessoa precisa, vai oferecer ajuda, de forma absolutamente desprendida. E as pessoas que precisam não tem nenhum pejo de pedir ajuda. E é aí isso vai fazer com que a gente consiga maximizar esse processo de interdependência, alta a cooperação, um ajuda o outro. É impressionante como isso vai fazer com que os resultados sejam absolutamente extraordinários. Eu sempre vejo essa metáfora de que em muitas comunidades os moradores todos se juntam e constróem uma casa em um fim de semana. Esse negócio está ao nosso lado. A capacidade de se fazer abstrações deveriam levar para imaginar um país todo em mutirão. Mas um mutirão tem que ter um sentido, tem que ter uma direção. Na medida em que essa direção esteja clara, é impressionante a força que nós podemos desencadear a partir desses verdadeiros mutirões de um país unido e harmônica na busca desses objetivos maiores.
A gente considera o mutirão hoje como um gabarito para soluções radicais ou radicalmente eficazes para muitas equações impossíveis. Onde todo mundo está dizendo que não dá… parece que a mensagem é muito simples: sozinho não dá mesmo, fragmentadamente não vai dar não. Juntos num mutirão a gente vai viabilizar milagres e essas equações impossíveis vão caindo uma a uma. Eu acho que essa é uma visão que podemos deixar na mesa para irmos refletindo.